Vem Comigo... Que no caminho eu te explico!
E esse bendito olhar do outro
sobre nós, hein? Esse mesmo que cruza com o nosso dia-a-dia e num diálogo
velado, segue dissertando sobre nós. E em algum lugar do inconsciente,
transcreve suas impressões e conclusões como verdades absolutas. Estilo caneta
e caderninho! Imaginou a cena? Por fim, vem o ego como um sábio chef de cozinha,
temperando tudo a gosto. Porém muitas vezes para o desgosto alheio, retribui em
ações incompreensíveis. É dessa matemática que se resulta a antipatia ou a empatia,
a perseguição ou o companheirismo, a complacência ou a injustiça... e por ai
vai! Tudo isso, porque acaba sendo complicado compreender o óbvio: “Somos
diferente uns dos outros”. Somos uma complexa composição de genes e vivências
que dão forma, respectivamente, ao nosso corpo e estilo. Somos duais! Temos duas
faces: o bem e o mal; o bom e o mau; a alegria e a tristeza; o sonho e a
realidade; o verdadeiro e o falso, o visível e o invisível; somado a tudo
aquilo que mostramos ou escondemos. Somos carnavalescos, pois usamos máscaras e
temos, também, instinto animal camaleônico. Somos orgânicos - ‘mutante-vivo-pulsante’
- que só tem beleza por ser assim. Caleidoscopicamente em movimento. Então, um
instante de olhar é uma pedrinha desse mosaico humano que somos. É um instante único,
efêmero, que jamais se repetirá. Por tanto, nada é absoluto em nós. E toda
verdade absoluta, criada pela impressão dos olhos seus... é mera ilusão!
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