Sociedade esquizofrênica

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Formar um cidadão apto a atuar na vida tem sido a cada dia uma tarefa muito difícil, uma vez que os valores estão invertidos na sociedade de consumo. Em relação a reportagem do fantástico, que foi ao ar no domingo dia 20/04/08: É assombroso perceber que agora consultores financeiros sugerem atitudes comportamentais para educação doméstica. Desde quando um profissional da área financeira esta habilitado a sugerir diretrizes na educação familiar??????? A sugestão da Consultora financeira é eficiente para a rotina bancária, para os interesses dos banqueiros e suas instituições, sendo assim, não ignoro ou condeno a sua capacidade de ser uma consultora financeira. Aquela que indica e diz o que fazer com o seu dinheiro. É infame a sugestão! No entanto, é perdoável a ignorância em avaliar o que pode ou não ser benéfico para educação familiar vinda por parte da consultora. É desesperador saber que 71% dos pais que deram a sua opinião estejam realmente a favor dessa barbaridade. Esta estatística nos mostra com clareza os interesses dos indivíduos na esquizofrênica sociedade de consumo. Agora não são mais Pais e nem Mães que criam laços de amor e fidelidade com os seus Filhos. São empregadores de seus filhos, quando ouvir deles: “EU QUERO!” Responderão: “Lave a sua louça e ganhe o seu dinheiro para compra sua revistinha semanal na banca de jornal, ok?”... É lamentável saber que meus filhos terão que conviver ao lado de crianças frias, monetárias que nunca tenham experimentado o gosto de dividir em família um abraço bem gostoso, um beijo saboroso... Onde trocas de carinhos e elogios mútuos entre pais e filhos, fazem parte de uma barganha muito mais enriquecedora, onde os valores morais são primordiais para a formação desse indivíduo e conseqüentemente com a maneira dele se relacionar com o mundo. Quero que os meus filhos tenha os seus envelopinhos de poupança e sobretudo da caridade, porque perceberam que podem ser empreendedores buscando soluções humanas para um todo. E não porque fazem parte de uma elite que cria principalmente o envelopinho da caridade apenas para dormir tranqüilo com a sensação do dever cumprido com meu “irmão” desprovido. Retrato de uma relação mecanica, tão automática quanto os depósitos semanais feitos nos seus envelopinhos. Quero que os meus filhos percebam que podem realizar e concretizar suas metas de vida porque tem capacidade emocional e intelectual para isso. Quero que os meus filhos sejam humanos conhecedores da palavra AMOR, RESPEITO, COMPAIXÃO... Quero que meus filhos tenham SENSO DE HUMANIDADE. E não quero me eximir da responsabilidade de ser Mãe e oferecer para os meus filhos o que eles tem de direito. Educar os filhos com LIMITES e consciência de sua realidade sócio-econômica é muito diferente de educar seus filhos baseado nos moldes da relação empregador/empregado. Não precisamos antecipar as coisas... tudo tem seu tempo certo.

O gráfico da função exponencial serve bem para ilustrar as rotas da economia e da educação na crítica acima. Pois não se cruzam.

Imaginando que:

y=exp(x) = LINHA DO PENSAMENTO FINANCEIRO

(no azul e para cima)

y=Ln(x) = LINHA DO RENDIMENTO ESCOLA

(no vermelho e para baixo)

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